Como tudo no país, a expansão das vinícolas locais tem um importante incentivo governamental, como o estimulo a desapropriação de centenas de pequenas propriedades rurais no norte e no noroeste do país para a produção de vinho. A região de Ningxia, por exemplo, situada próximo à fronteira com a Mongólia, possui um terroir similar ao do solo de Bordeaux, na França de onde saem algumas das mais prestigiadas garrafas do mundo. “Lá o terreno é rico em calcário, argila, pedra e potássio. Além disso, naquela altitude as quatro estações são bem definidas, afirmou à Revista Veja, Anna Rita Zanler, sócia da loja Paulistana Vinum Est. “Eles tem as condições climáticas e o dinheiro. Faltava mão de obra experiente, que os chineses começaram a importar.”
Para absorver o know how, empresários do pais compraram vinícolas em território francês. Esses empreendedores tem encontrado donos de chateaux simpáticos ao seu dinheiro tudo porque os impostos sobre herança na França tornam muito caro transmitir o patrimônio as novas gerações. Mas a chegada dos asiáticos não veio livre de ruídos. Alguns deles decidiram trocar o nome de propriedades bicentenárias, batizando-as de “Coelho imperial” ou “Antilope Tibetano”. “Acredito que vai demorar dez anos para o vinho chinês cair no gosto do consumidor”, aposta Ciro Lilla, proprietário da Mistral, uma das maiores importadoras brasileiras em seu comentário à Revista Veja. Amanhã tem mais.. #boastaças 🍷🥂
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