Hoje o capítulo é dedicado a experiência que tivemos em 29/04 com Carmelo Patti que abriu sua vinícola pontualmente às 11 hs para nos receber. Carmelo é um amante do vinho, um contador de estórias que encanta pela sua simplicidade e pela simplicidade de sua bodega, que ele criou em 1998 como uma das primeiras vinícolas butiques da Argentina. Seus mais de 40 anos de carreira e experiência lhe guiaram para dar vida ao projeto de fazer vinhos artesanais, estilo que sempre o motivou a produzir poucas garrafas para que possa dar a atenção necessária a cada vinho e a todo seu processo de elaboração. Carmelo é uma verdadeira lenda, um produtor cultuado, até mesmo reverenciado, pelos que conhecem seus vinhos fazendo parte da "velha guarda" da viticultura argentina, com Angel Mendoza, Walter Bressia, José Luis Mounier, que começaram a trabalhar em vinícolas de renome e passaram a se tornar autores de culto para a qualidade dos seus vinhos, seus próprios rótulos e vinícolas. Sem nenhum investimento em marketing encontramos na bodega revistas, jornais e artigos de países como Rússia, Alemanha, Japão, entre muitos outros que fazem referência a ele e ao seu trabalho. Produzindo 300 mil garrafas por ano em sua vinícola, a Bodega El Lagar em Lujan de Cuyo, Carmelo faz os vinhos que gosta de beber, e que refletem seu terroir sem muita preocupação com as tendências do mercado. Seus vinhos são lançados no mercado, com, no mínimo três a cinco anos após engarrafados, o que dá robustez ao vinho para guardas mais longas evoluindo muito bem na garrafa. Usando tanques de concreto, barris de carvalho francês e deixando os vinhos para evoluírem nas garrafas de cabeça para baixo em caixas de papelão - técnica desenvolvida por ele - antes de irem ao mercado, Carmelo consegue qualidade excepcional. Interessante é que Carmelo não possui seus próprios vinhedos selecionando suas uvas de produtores na área de Perdriel, Luján de Cuyo. Em nossa visita ele mostrou algumas técnicas para sacar a rolha, inclusive esquentando a boca da garrafa com isqueiro para soltar a rolha quando temos dificuldade de puxa-la. Preocupado com o custo de seus vinhos, ele parou de produzir espumantes. Nossa degustação foi de um Malbec cosecha 2013, um Cabernet Sauvignon 2009 e um Assemblage 2009 de 47% Cabernet Sauvignon, 25% Malbec, 19% Merlot e 9% Cabernet Franc. Uma dica legal é pedir ao próprio Carmelo Patti que assine as garrafas compradas, ao que ele nos atendeu com um sorriso no rosto. Longa vida ao Carmelo e Boas Taças!
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