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Interfood e TodoVino celebram a Borgonha com os vinhos da Louis Jadot no Restaurante Picchi

  • Foto do escritor: Cláudio Bastos
    Cláudio Bastos
  • há 20 horas
  • 4 min de leitura
Interfood e TodoVino celebram a Borgonha com os vinhos da Louis Jadot no Restaurante Picchi
Cláudio Bastos - Boas Taças e David Stephan - Louis Jadot

A Borgonha, região vinícola que ocupa um lugar mítico no coração dos apreciadores de vinho, esteve no centro das atenções em São Paulo durante um almoço memorável no Restaurante Picchi. O evento, promovido pela Interfood e TodoVino, com assessoria da PresPass, contou com a presença de David Stephan, export director da Maison Louis Jadot, que apresentou alguns dos rótulos mais emblemáticos da casa.


O chef Pier Paolo Picchi elaborou um menu exclusivo, desenhado para valorizar a complexidade e a elegância dos vinhos da Louis Jadot. Em cinco tempos, o almoço percorreu sabores intensos e delicados, sempre em harmonia com os diferentes estilos da Borgonha.



O Menu da Experiência

O encontro teve início com o Torteli de Polenta com Gorgonzola, seguido pelo fresco e vibrante Crudo de Peixe com Limão Siciliano e Bottarga. Na sequência, o destaque foi para o rico e saboroso Agnolotti de Coelho à Caçadora. Para fechar em clima doce e delicado, Tiramisu e um conjunto de Frutas e Petit Fours completaram o percurso gastronômico.



Os Vinhos Apresentados

Durante o almoço, David Stephan conduziu os convidados por uma verdadeira viagem sensorial pela Borgonha, explorando diferentes terroirs e estilos da maison:


  • Louis Jadot Chablis Fourchaume 1er Cru 2022 – Um Chardonnay que passa de 13 a 15 meses sobre as borras antes do engarrafamento, revelando notas minerais, florais e de limão, com nuances de mel e cogumelos. Na boca, apresenta acidez elegante e refrescante, típico da expressão clássica de Chablis.


  • Louis Jadot Pouilly-Fuissé 2022 – Aqui, 50% do vinho passa de 10 a 12 meses em barricas de carvalho. No nariz, toques cítricos, de nozes e amêndoas. No paladar, corpo médio, textura cremosa e elegante, sustentada por uma boa acidez. Um branco que equilibra frescor e sofisticação.


  • Louis Jadot Santenay Clos de Malte 2017 – Pinot Noir proveniente de vinhedo monopólio da maison em Santenay. Amadurece por 18 meses em carvalho francês e revela aromas de frutas negras, especiarias e toques tostados. No paladar, é encorpado, intenso, com taninos potentes e final longo. Potencial de guarda: 5 a 10 anos.


  • Louis Jadot Beaune Clos des Ursules 2017 – Um dos ícones da Borgonha e monopólio da maison, também estagia 18 meses em barricas de carvalho francês. Aromas florais e terrosos, com notas de cereja, groselha e cranberry. Na boca, elegante e intenso, com taninos potentes, final persistente e muito longo. Potencial de guarda: até 10 anos.


  • Louis Jadot Nuits-Saint-Georges 2022 – Representando a força da Côte de Nuits, este vinho amadurece 18 meses em carvalho francês. Traz aromas de frutas vermelhas maduras, com notas amadeiradas, chocolate e café. No paladar, é encorpado, intenso e equilibrado por taninos elegantes.


Cada vinho trouxe à mesa a diversidade e a riqueza que fazem da Borgonha uma das regiões mais admiradas do mundo. Do frescor mineral do Chablis à intensidade do Nuits-Saint-Georges, passando pela tradição do Beaune Clos des Ursules e pela elegância do Santenay Clos de Malte, a experiência traduziu o espírito da Louis Jadot.


Créditos: Débora Juneck - Taça na Cabeça

A História da Maison Louis Jadot

Fundada em 1859 por Louis Henry Denis Jadot, a maison nasceu com o objetivo de respeitar e expressar os terroirs da Borgonha em sua forma mais autêntica. Após a morte de seu fundador, a casa foi conduzida por seu filho, Louis Jean Baptiste Jadot, que expandiu as propriedades e reforçou a reputação da marca.


A morte prematura de Louis Jean, em 1939, marcou um momento de transição delicado. A família manteve o legado e, em 1954, a chegada de André Gagey deu novo impulso à empresa, trazendo estabilidade e modernização à gestão.


Um dos capítulos mais significativos aconteceu em 1985, quando a Kobrand Corporation, tradicional importadora norte-americana, adquiriu a maison. Essa mudança trouxe maior solidez financeira e expandiu a presença da Louis Jadot em mercados internacionais, principalmente nos Estados Unidos. Apesar disso, a filosofia original permaneceu intacta: elaborar vinhos que expressem com precisão a identidade de cada climat da Borgonha.


Os Três Tipos de Rótulos da Maison

Um detalhe interessante, muitas vezes pouco conhecido fora dos círculos especializados, é que a Louis Jadot utiliza três denominações distintas em seus rótulos, cada uma com um significado específico:


  • Louis Jadot – Usado para os vinhos elaborados a partir de uvas adquiridas junto a viticultores parceiros, mas vinificados e engarrafados sob o rigoroso controle técnico da maison. Essa linha garante consistência e acesso a diferentes apelações da Borgonha, sem abrir mão da qualidade.


  • Domaine des Héritiers Louis Jadot – Criado após a morte de Louis Henry Denis Jadot, reúne os vinhos provenientes dos vinhedos originais da família, em Beaune e arredores. Representa o coração histórico da propriedade e a ligação direta com o legado fundacional.


  • Gagey – Refere-se aos vinhedos e produções que foram integrados sob a administração da família Gagey, que assumiu a gestão da maison em meados do século XX. Esse selo reforça a importância de André Gagey e seus descendentes na consolidação e expansão da Louis Jadot.


Essa diferenciação permite compreender melhor a amplitude do portfólio e a forma como a maison preserva sua história, ao mesmo tempo em que se abre a novas parcerias e expressões de terroir.


A Borgonha em São Paulo

Durante o almoço, David Stephan destacou a diversidade única da Borgonha, onde cada parcela de vinhedo pode revelar nuances distintas. A Louis Jadot, além de ser uma das maiores proprietárias de vinhedos da região, atua também como négociant, garantindo consistência e qualidade em um portfólio que cobre desde rótulos acessíveis até crus de referência.


O evento no Picchi foi mais do que uma degustação: foi uma celebração da tradição e da modernidade, mostrando como uma maison com mais de 160 anos continua relevante, inovadora e fiel às suas origens.


Uma Experiencia Única

Com pratos impecavelmente elaborados pelo chef Pier Paolo Picchi e vinhos apresentados por David Stephan, o almoço promovido pela Interfood e TodoVino reforçou a importância da Maison Louis Jadot como uma guardiã da Borgonha. Foi uma experiência que uniu história, cultura, gastronomia e, sobretudo, a paixão pelo vinho.


Agradeço à David Stephan da Maison Louis Jadot https://www.louisjadot.com/ pelo tempo e disponibilidade para nossa conversa durante o almoço, à Interfood https://www.interfood.com.br/ e TodoVino https://www.todovino.com.br/ pelo convite, e ao apoio da Press Pass Rocks https://www.instagram.com/presspassrocks/# .


Interfood e TodoVino celebram a Borgonha com os vinhos da Louis Jadot no Restaurante Picchi

Texto e fotos por Cláudio Bastos - Boas Taças

Vídeo por Débora Juneck - Taça na Cabeça - https://www.instagram.com/deborajuneck/#





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